Existem diversos fatores que podem influenciar na dificuldade de engravidar, e a alimentação é um deles. Pesquisadores da Harvard Medical School e Harvard T.H. Chan School of Public Health publicaram uma revisão de estudos que mostraram o impacto da dieta e a relação entre alimentação e fertilidade.
De acordo com os estudos revisados, a adesão a dietas saudáveis que favoreçam o consumo de frutos do mar, aves, grãos inteiros, frutas e vegetais está relacionada a melhor fertilidade entre as mulheres e melhor qualidade do sêmen nos homens. Porém, apenas introduzir nutrientes como ácido fólico, vitamina B12 e ômega 3 na alimentação podem ajudar, mas não resolver problemas mais sérios de infertilidade. Afinal, não são os alimentos em si que farão você ficar mais fértil, mas sim uma dieta equilibrada e hábitos saudáveis.
Mulheres que estão muito acima do peso têm os níveis de resistência à insulina alterados, o que pode influenciar na produção de hormônios e na ovulação. Por outro lado, as mulheres que estão abaixo do peso podem sofrer alterações na ovulação por falta de gorduras essenciais na produção de hormônios. No caso dos homens, estar fora do peso ideal pode causar uma queda na concentração, motilidade e qualidade dos espermatozoides.
Vale destacar que nenhum alimento causa infertilidade definitiva – mas pode, sim, causar desequilíbrios hormonais e, desta forma, reduzir as chances de gravidez. Para te ajudar nesse assunto, nós separamos 4 tipos de alimentos que devem ser evitados por quem quer engravidar. Confira!
1. Alimentos ultraprocessados, gordurosos e com muito açúcar podem causar desequilíbrios hormonais, dificultando a gravidez
Buscar uma dieta saudável (com alimentos naturais) é o mais indicado para quem está tentando engravidar. Isso significa que comidas industrializadas – ultraprocessadas, gordurosas e com muito açúcar, por exemplo – devem ficar de fora do cardápio! Elas possuem uma quantidade grande de sódio, corantes, aditivos e substâncias que fazem mal ao estômago, intestino, rins e favorecem o acúmulo de gordura.
Vale destacar que, caso a pessoa tenha excesso de gordura corporal, é possível que o corpo produza uma maior quantidade de hormônios (como o estrógeno)- o que pode levar à dificuldade de engravidar. Por conta disso, a nossa dica é evitar ao máximo frituras, pizzas congeladas, biscoitos recheados, margarina, pipoca de micro-ondas e embutidos (salsicha, presunto, mortadela e salame, por exemplo).
2. Bebidas com cafeína (como café e refrigerantes)
Podem atrapalhar o transporte do óvulo até o útero
Se você tem o hábito de tomar café ou refrigerantes de forma exagerada, o mais indicado é diminuir o consumo desses produtos. O excesso de cafeína, para quem não sabe, pode dificultar a movimentação dos músculos que transportam o óvulo até o útero, impedindo a gravidez.
Lembre-se que você não precisa cortar de vez o consumo da cafeína, ok? Basta ter bom senso e equilíbrio – ou seja, em vez de tomar quatro xícaras de café por dia, tome apenas uma ou duas (uma no café da manhã e outra lanche da tarde, por exemplo).
3. Carnes vermelhas em excesso também dificultam a gravidez
Carnes vermelhas, para quem não sabe, são consideradas gordurosas e devem ser consumidas com parcimônia. Caso a ideia seja engravidar, o ideal é que você passe a consumir mais peixes e proteínas vegetais (como feijão, tofu e lentilha) em vez de carnes gordurosas. Assim, o organismo se mantém mais saudável e propenso à ovulação/ fecundação.
4. Chá de hibisco afeta os hormônios femininos, dificultando a gravidez
Conhecido por favorecer a perda de peso e auxiliar no controle de colesterol, o chá de hibisco é realmente uma bebida benéfica e nutritiva. No entanto, quando consumido em excesso, ele afeta os hormônios femininos e pode até inibir a ovulação. Por conta disso, ele não é indicado para quem está tentando engravidar.
– ALIMENTOS QUE AJUDAM NA FERTILIDADE
É bem importante evitar alguns alimentos que prejudicam a saúde reprodutiva. Mas é fundamental também conhecer alguns alimentos que aumentam a fertilidade. Afinal, acaba sendo uma questão de lógica: o que ingerimos afeta o funcionamento do nosso organismo.
O aparelho reprodutivo é apenas uma parte desse organismo. Ou seja, se nosso corpo, como um todo, estiver saudável e funcionando bem, as chances de engravidar aumentam e não apenas isso: aumenta também a possibilidade de manter a gravidez até o final sem complicações nem para a mãe, nem para o bebê. Como então, usar a alimentação a serviço da concepção? Fazendo as escolhas certas e optando por alimentos que ajudam na fertilidade. Vejamos alguns deles:
• Ácido fólico: vegetais verde-escuros, abacate, oleaginosas, beterraba e aveia
• Nesse grupo estão alimentos que contém a vitamina B9, também conhecida como ácido fólico. A carência dessa vitamina pode prejudicar a formação do sistema nervoso do bebê e o fechamento do tubo neural. Por isso, é recomendável que, assim que iniciar as tentativas, haja uma reposição intencional dessa vitamina, já que a gravidez aumenta substancialmente a necessidade de ácido fólico no organismo.
• Licopeno: tomate, melancia, goiaba vermelha, mamão papaia, cenoura, abóbora, caqui e pitanga
• Esses alimentos de cor avermelhada contém uma substância chamada licopeno, que é um antioxidante que ajuda a impedir e reparar danos às células causados pelos radicais livres. Assim, ele colabora com a função ovariana, ajudando a regular a produção hormonal e o ciclo ovulatório.
• Zinco: carne, ostras, peixes, laticínios, castanhas, arroz integral, cacau e sementes de abóbora
• Nesse grupo estão alimentos ricos em zinco, que é um mineral bem importante para a saúde do corpo. A carência de zinco pode causar alterações no sistema imune e na produção de hormônios, e no caso da gravidez, risco elevado de baixo peso ao nascer, atraso no crescimento intrauterino e até abortos e malformações fetais. Esse mineral é essencial para o crescimento normal do feto e da placenta.
• Vitamina B6: brócolis, alcachofra, uva, couve-flor, ovo e leite
• Esses alimentos são ricos em vitamina B6, responsável por manter o metabolismo e a produção de energia adequados, por proteger os neurônios e produzir neurotransmissores, importantes para o bom funcionamento do sistema nervoso. Na gravidez ela aumenta os níveis de progesterona e tem a função de ajudar na fixação do embrião, pois atua na parede do útero.
• Vitamina E: soja, cereais, azeitona, leite e abacate
• Alimentos como esses, que contém vitamina E, ajudam na proteção da membrana das células e previnem o envelhecimento precoce delas. Na gravidez têm funções oxidantes no processo reprodutivo e proporcionam uma melhora significativa no tamanho da camada do endométrio – o revestimento do útero.
• Selênio: frango, queijo, castanha-do-pará e amendoim
• Esse grupo de alimentos contém selênio, um mineral antioxidante que auxilia na conservação dos órgãos vitais, como o coração. Na gravidez ajuda a combater os abortos recorrentes, a equilibrar a produção de hormônio da tireoide e a intensificar a imunidade, além de contribuir para o desenvolvimento de folículos saudáveis. E etc…